quinta-feira, agosto 24, 2006

O Náufrago

Chuck Noland (Tom Hanks) é um inspetor da Federal Express (FedEx), multinacional encarregada de enviar cargas e correspondências, que tem por função checar vários escritórios da empresa pelo planeta. Porém, em uma de suas costumeiras viagens ocorre um acidente, que o deixa preso em uma ilha completamente deserta por quatro anos. Com sua noiva (Helen Hunt) e seus amigos imaginando que ele morrera no acidente, Chuck precisa lutar para sobreviver, tanto fisicamente quanto emocionalmente, a fim de que um dia consiga retornar à civilização.

(Movieguide)

Nota: Como puro entretenimento, é um filme interessante.
Não deixe de ler o texto “A esperança dos náufragos”, no blog www.michelsonborges.com

Na avaliação de Erick Pessoa (no Movieguide):

“Por incrível que pareça, o filme não perde a qualidade de narração no segundo ato, onde o personagem de Hanks ‘divide’ a cena apenas com seu amigo imaginário Wilson - materializado em uma bola de vôlei; muito pelo contrário, seu problema está exatamente no início e na parte final da trama. Aliás ‘Naufrago’ é um exemplo concreto de que não existe fórmula para um bom roteiro; primeiro porque consegue inserir o problema central nos primeiros 30 minutos de filme, mas em detrimento de uma filmagem acelerada no primeiro ato, fazendo com que a vida de Noland pareça um inferno e quase nos faz acreditar que se ele não fosse parar naquela ilha, provavelmente, teria um enfarte. O único problema é que a ilha em si é extremamente inóspita e essa hostilidade do ambiente é que nos envolve para torcer para que Noland volte para a ‘civilização’. Ou seja, o começo turbulento comprometeu completamente a primeira parte e como se não bastasse William Broyles Jr. opta por um desfecho convencional, pouco criativo e decepcionante. A grande compensação está na parte central do filme que é excelente. A interpretação de Tom Hanks é um show e o ator consegue cativar a atenção do espectador com facilidade.

Durante o desenrolar das desventuras de Noland, vemos um homem regido ao extremo pela doutrina de ‘tempos e movimentos’, preso em uma ilha, absolutamente impotente em relação aos compromissos, em um local esquecido pelo cronômetro. O elo entre Noland e a hora marcada, passa a ser simbolizado pelo relógio de bolso, presente de sua namorada (Helen Hunt), mas que teve a sua importância transferida dos ponteiros para a capa do mostrador, onde se encontra o retrato da moça. E nessa transição da atenção é que Noland percebe o que era realmente importante e o relógio passa a ser nada mais do que um porta-retrato. Simplesmente uma moldura para que ele admire o rosto de Kelly.

“Vivendo uma situação tão adversa, Noland projeta seu amigo imaginário na bola de vôlei Wilson, um ‘personagem’ inventado para ser a ‘válvula de escape’ dos pensamentos do protagonista e desta maneira dispensando não só a locução em off como o narrador (o que foi uma ótima percepção do roteirista). No entanto, o talento de Hanks extrapolou a si próprio e não só deu vida para Wilson, como fez com que o público, despercebidamente, estabelecesse uma afinidade com o ‘objeto’. [...]

“Vale a pena mencionar o grande esforço de Hanks que perdeu 30 quilos para conferir veracidade ao seu personagem. Um feito que certamente ajudou a produção a receber duas indicações ao Oscar, nas categorias de Melhor Ator (Tom Hanks) e Melhor Som, além de ganhar um Globo de Ouro, na categoria de Melhor Ator em Drama (Tom Hanks).”

4 comentários:

Anônimo disse...

Esse filme e filme muito inteligent,mostra como nos sereshumanos somos dependentes uns dos outros ,comoseria asobrevivencia se fossemos pessoas isoladas .e um otimo filme vale a pena assistir

Icaro disse...

Esse filme é muito bom, só acho triste porque "Wilson" acaa se perdendo, pois ele é sem dúvida o personagem principal do filme, contudo no final ele acaba achando um parecido...eita já ia contando o filme.

Anônimo disse...

....pena q no fim,ele nao fica com seu grande amor.

Unknown disse...

Fica sim.O filme é maravilhoso,mas mais maravilhoso é o ator,pois é um dos melhores ao meu ver para interpretar um personagem;ele é o próprio,o único,e sabe muito bem envolver e trazer as pessoas para a trama.ótimo.