terça-feira, outubro 17, 2006

Irmão Sol, Irmã Lua

Francisco nasceu por volta de 1182, na cidadela italiana de Assis. Filho de comerciantes de tecidos, ele poderia ter sido um próspero burguês. Mas não. Em certo momento da vida, aos 26 ou 27 anos de idade, o jovem optou pela pobreza, pelo pacifismo e pela caridade.

Conforme a Revista das Religiões de outubro de 2004, “ao contrário de seus contemporâneos, [Francisco] não desvinculou a fé da realidade cotidiana. Pelo contrário. Em cada rosto, encontrava o próprio Cristo. Em qualquer manifestação da natureza – dos astros aos animais e às plantas – enxergava o carinho de Deus. Foi um homem de seu tempo, mas não se prendeu a ele. E, por isso, foi considerado santo: São Francisco de Assis”.

Conta-se que Francisco teria percorrido o mundo para pregar o amor ao próximo. Em 1219, teria ido ao Egito para conversar com o sultão Melekel Kamel e lhe propor a paz, numa época em que cristãos e muçulmanos guerreavam por Jerusalém.

Sobre sua conversão, Francisco escreveu em Testamento, um dos poucos escritos que deixou: “Quando ainda estava em pecado, parecia muito amargo ver os leprosos, mas o próprio Senhor me levou a estar com eles e eu usei de misericórdia: quando me afastei dali, aquilo que me parecia amargo rapidamente transformou-se em doçura de alma e de corpo. Em seguida, esperei um pouco e saí do mundo.”

Era realmente um homem especial. Segundo vários livros, Francisco andava com cuidado para não pisar em nenhum inseto ou planta. Passava sobre as pedras com reverência e afastava, carinhosamente, lesmas e formigas do caminho – para que ninguém, sem querer, as machucasse.

Segundo o teólogo Inácio Strieder, da Universidade Federal de Pernambuco, o franciscanismo (que depois viria a se tornar ordem religiosa) “foi um movimento pelo amor e pela paz, que colocava em prática o evangelho como jamais a Igreja o fizera após Jesus Cristo”. De fato, a vida e as atitudes simples de Francisco contrastavam com a opulência de Roma e eram-lhe uma viva reprovação.

No filme “Irmão Sol, Irmã Lua” (Itália, 1972), dirigido por Franco Zeffirelli, é apresentada a história de Francisco de Assis. O filme focaliza os primeiros anos da vida do jovem - numa época de obscurantismo e falta de genuíno amor - e mostra a surpreendente experiência que transformou Francisco num exemplo de cristão para o mundo. Um mundo que hoje, mais do que nunca, carece de Franciscos e Franciscas.

Michelson Borges

domingo, outubro 15, 2006

Resgate Abaixo de Zero

Da região mais inóspita, selvagem e fria do planeta – e inspirada em uma surpreendente história real – vem a emocionante história de ação e aventura, de cachorros e homens, de amizade e lealdade e do comovente espírito de tenacidade e esperança que deflagraram uma das mais incríveis histórias de sobrevivência de todos os tempos. Tendo como pano de fundo a gelada e tempestuosa Antártica, "Resgate Abaixo de Zero" (Eight Below, 2006) acompanha oito surpreendentes heróis em apuros no fim do mundo e o homem que seria capaz de fazer de tudo para trazer seus verdadeiros amigos de volta para casa.

O inclemente inverno da Antártica está apenas começando quando uma intrépida equipe de exploradores e cientistas em uma missão de pesquisa – o guia de sobrevivência Jerry Shepard (Paul Walker), seu melhor amigo e cartógrafo Cooper (Jason Biggs) e o ríspido geólogo Davis (Bruce Greenwood) – escapam por pouco de um acidente fatal graças à inabalável equipe de oito habilidosos cães de trenó.

Forçados a deixar o local, os homens têm que abandonar os adorados cães na região congelada – com a promessa de retornar. Mas quando a tempestade do século se aproxima, impossibilitando todo e qualquer tipo de resgate, os cães ficam presos. Agora, enquanto os corajosos e inteligentes cães – incluindo Maya, a nobre líder da matilha; o rebelde e inquieto Shorty; e Max, o jovem trainee em ascensão – lutam para sobreviver ao inverno mais rigoroso do planeta, o inconsolável Jerry está determinado a organizar uma missão para um resgate aparentemente impossível, auxiliado pela bela e aventureira piloto especializada em baixa altitude Katie (Moon Bloodgood). Unidos apenas por firmes laços de amizade, tanto humanos como cães empreendem uma notável jornada de resistência, perseverança e determinação para se reencontrarem nessa espetacular, porém perigosa, região.

Baseado em fatos reais, é um filme para se ver em família.

(Do site Cinemacomrapadura)