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O filme conta a história de Paul Rusesabagina (brilhantemente interpretado pelo ator Don Cheadle), gerente do Hotel Des Milles Collines, por ocasião do recrudescimento do ódio entre as duas etnias que dividem o povo ruandês: os hutus e os tutsis. O acirramento aumentou com a morte do presidente Habyarimana, fiador de um acordo de paz entre as etnias. O líder, da tribo hutu, foi morto por membros do seu próprio partido, que não tardaram em culpar os tutsis e iniciar o maior massacre da história contemporânea.
Paul, um hutu, era casado com a tutsi Tatiana (Sophie Okonedo) e usou todas as suas influências com pessoas ligadas ao governo, guerrilha e militares para salvar a vida de sua família. Como manda-chuva do luxuoso hotel, "um oásis no deserto", ele faz mais do que isso. Salva 1.268 pessoas, refugiados, órfãos, feridos que conseguem chegar ao hotel e por algum detalhe divino escapam do triste destino de virarem meras estatísticas na lista de assassinados. Para proteger o local e os "hóspedes", Paul subornou com dinheiro, bebidas, charutos e o que mais tinha à mão e, quando o material acabou, apelou à vaidade alheia e à influência do dono belga (Jean Reno) da rede hoteleira, que tinha ligações próximas com primeiros-ministros e generais.
O filme se desenvolve em uma narrativa simples, quase didática, como se o diretor Terry George sentisse a necessidade de que todos entendessem o que aconteceu naquele país. A postura de Paul deixa uma extraordinária lição sobre como se comportar em momentos de crise intensa, como desenvolver uma negociação em situações extremas, e uma sensivel demonstração de vontade de salvar vidas sem nenhum valor em uma terra dilacerada.
![](http://photos1.blogger.com/blogger/7913/1591/200/rusembagina.jpg)
Heron Santana é jornalista em Recife, PE. Texto originalmente publicado no blog Parajornalismo.
Um comentário:
Esse filme, eu considero um documentário.
Porém é impossível falar dele, e ve-lo sem antes conhecer o que foi o "Neocolonialismo", e as assim chamadas "descolonização" que houve na Africa.
Entendendo bem isso, pode-se entender muito mais claramente o contexto do filme. E muitas idéias que ele quer transmitir.
O filme tem alguns cenas muito marcantes. Como quando o general da ONU diz para o Pool que ele deveria guspir nele.
E também quando disse qual seria o comportamento do mundo, quando virem pela TV o que acontece em HUanda:
"Eles vão assistir, ficar sensibilizados. E depois vão jantar."
O filme é ótimo para reflexão. Ele é faz-nos refletir muito no "mundo", no que realmente o homem é. Como somos miseráveis, loucos, tão degradados.
O filme me fez pensar muito no que foi a CRUZ para Cristo. Imaginei o tanto de assassinatos, pecados, dores, sofrimento, horrores... etc. Com que Ele suporta. E mesmo assim, ainda deu a vida por esses seres.
Esse filme é ótimo. Mas recomendo que não assista com pessoas sem maturidade. As vezes, para alguns é até bom, para adquirir um pouco. Mas de maneira alguma, assista com uma criança.
E se prepare para o impacto do filme, e para não conversar com ninguem após ver o filme. hehe
Mas, o mais recomendável, é que se entenda o que foi o Neocolonialismo. Pegue um livro de HIstória. Umas 2horas que você use para estudar o assunto, fará uma absurda diferença quando assistir o filme.
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