terça-feira, abril 25, 2006

Os Miseráveis

“Os Miseráveis” (1998), dirigido por Billie August, é um dos melhores (senão o melhor) filmes que já assisti. É a brilhante adaptação do clássico romance homônimo de Victor Hugo. O filme conta a história de Jean Valjean (Liam Neeson) que, depois de cumprir 19 anos de prisão com trabalhos forçados por ter roubado comida, é acolhido por um bondoso bispo (Peter Vaughan), que lhe provê alimento e abrigo. Não resistindo aos seus impulsos, no meio da noite Jean rouba a prataria da casa e agride seu benfeitor. Na fuga, o ladrão acaba preso pela polícia que o leva até o bispo. Os policiais perguntam ao religioso se aquela prataria é dele. O bispo diz que havia dado aquilo a Jean e ainda pergunta por que ele tinha esquecido os castiçais. A atitude perdoadora daquele homem devolve a fé que o amargurado Jean havia perdido fazia tempo.

Nove anos depois, o senhor Valjean é uma pessoa totalmente diferente. Havia se tornado prefeito e o principal empresário em uma pequena cidade. Mas sua paz acaba quando Javert (Geoffrey Rush), um guarda da prisão onde Jean esteve, desconfia de que o prefeito é o ex-prisioneiro que nunca se apresentou para cumprir as exigências da liberdade condicional. A penalidade para essa falta era prisão perpétua, mas o guarda não consegue provar que o prefeito e Jean Valjean são a mesma pessoa.

Enquanto Javert procura incriminar Jean, uma das empregadas do empresário, Fantine (Uma Thurman), é despedida e se vê obrigada a se prostituir para sobreviver e alimentar a filha pequena, que é criada por terceiros. Fantine acaba presa e fica muito doente. Descobrindo o que aconteceu com sua ex-empregada, Jean usa sua autoridade para libertá-la e a acolhe em sua casa. Vendo Fantine à beira da morte, o prefeito promete cuidar da filha dela. No entanto, antes de pegar a criança, sente-se obrigado a revelar sua verdadeira identidade, a fim de evitar que um prisioneiro, que acreditavam ser ele, seja preso em seu lugar.

Daí para frente, Javert volta a perseguir Jean, Fantine morre e o ex-prefeito foge com a filha dela, sendo perseguido durante anos pelo implacável Javert. O desfecho da história é muito emocionante. Mas prefiro não contá-lo. Assista ao filme ou, melhor ainda, leia o ótimo livro de Hugo. Disso você não vai se arrepender.

"Os Miseráveis" é uma história que fala de nobreza, perdão e compaixão. Valores cristãos por excelência.

Michelson Borges é jornalista e autor do livro Nos Bastidores da Mídia (www.cpb.com.br).

4 comentários:

Para uma Vida Melhor. disse...

Eu já li o livro, é muito lindo e emocionante.Uma lição de vida (Como um pequeno gesto pode mudar a vida de alguém).Vale a pena ler o livro, não assiti o filme, mas acredito que deve valer pena assisti-lo.

Para uma Vida Melhor. disse...

Eu já li o livro, é muito lindo e emocionante.Uma lição de vida (Como um pequeno gesto pode mudar a vida de alguém).Vale a pena ler o livro, não assiti o filme, mas acredito que deve valer pena assisti-lo.

O Sousa da Ponte - João Melo de Sousa disse...

Ora em alguma coisa teriamos de estar de acordo.
Victor Hugo.
Les Misérables é....fanatastico.
Em filme, mas principalmente em livro. E eu tive a sorte de ver o musical na Brodway.
Se souber frances vale a pena ler no original. Há algumas coisas que se perdem na tradução.
De qualquer maneira, mesmo vertido em portugues -e quiçá em chines- é das tais obras que valem a pena. Como o Eclesiastes ou o Cântico dos Canticos. Ou até o Sermão da Montanha.
O, não tão tão ateu como isso,
João Melo de Sousa

Késia Mota disse...

Para mim, é o melhor livro secular.
Mas a versão do filme ficou incompleta - faltou o final... senti falta do final.

Mas quem gosta de ler sempre prefere o livro mesmo, né?

Recomendo o filme, sim. Mas recomendo em dobro o livro. Pode ler.
:)